Independência é morte
Na semana que se findou comemoramos a Semana da Pátria, tendo sido a sexta-feira, o ápice das comemorações. No último dia 7, nossa nação comemorou 190 anos de independência política. Em 1822, a tensão entre a metrópole (Portugal) e sua mais importante colônia (Brasil), chegou ao limite, às decisões dos colonizadores anulando a Assembleia Constituinte convocada por D. Pedro e determinando seu imediato retorno a Portugal, levaram o príncipe a declarar às margens do riacho Ipiranga (São Paulo), a célebre frase: “Independência ou Morte!”. Para o príncipe, que meses depois foi declarado imperador do Brasil, nada poderia ser mais importante que a independência. A antiga metrópole, para reconhecer a autonomia política de sua ex-colônia exigiu o valor de 2 (dois) milhões de libras esterlinas, montante que foi obtido mediante empréstimo solicitado à Inglaterra, submetendo-se assim a nova nação a uma dependência econômica. A independência é uma aspiração do homem. É símbolo de sucesso, êxito, poder, glória e superação dos limites. Será que toda independência é necessariamente benéfica? Sempre traz consigo melhorias? Sempre promove aquele que a alcançou? A resposta é não.
Em Gênesis 3, lemos o registro da rebelião desencadeada pelo homem, por sugestão de Satanás. O homem foi criado por Deus à sua imagem e semelhança (Gn 1.27), foi abençoado (Gn 1.28), recebeu como lar um lugar paradisíaco (Gn 2.8,15), todas as suas necessidades foram graciosa e abundantemente supridas (Gn 2.18-25), tinha profunda e especial comunhão com o seu Criador e a ele devia total obediência, devendo respeitar os limites que lhe foram impostos (Gn 1.15-17). O homem foi criado por Deus com alma racional e imortal, foi dotado de inteligência, retidão, santidade e liberdade. Possuía todas as condições para cumprir a lei de Deus escrita em seu coração e para obedecer ao preceito de não comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal.
Apesar de todos os benefícios recebidos, o homem desejou mais, aspirou ser igual a Deus (Gn 3.4-6). O homem reivindicou sua independência, rompeu o pacto estabelecido pelo Senhor, desejou estabelecer o seu futuro e decidir de forma autônoma seus passos. A criatura “pegou em armas contra seu Criador” e reivindicou sua independência. À semelhança do nosso príncipe (D. Pedro), também próximo a um rio (Gn 2.10), o homem emitiu seu brado de independência e imediatamente colheu os amargos frutos de sua escolha. Por esse pecado o homem decaiu de sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornou morto em pecado e inteiramente corrompido em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma.
A lamentável e vergonhosa declaração de autonomia de nossos primeiros pais (Adão e Eva) levou-os, bem como aos seus descendentes, à completa e total ruína. A experimentar vergonha e culpa (Gn 3.7), medo (Gn 3.8), sofrimentos físicos (Gn 3.16-19), morte física e espiritual (Gn 2.17).
O homem, agora independente de Deus, é escravo do pecado. Seu sonho de autonomia se tornou num terrível pesadelo. Abandonou um Criador justo e amoroso, e foi subjugado por um implacável tirano (Satanás) que tem como meta: matar, roubar e destruir. A tão aspirada e verdadeira independência só pode ser encontrada na bendita e gloriosa pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Jo 8.36), ou seja, em Deus (Jo 1.1,14; 10.31; 14.8-11). A independência de Deus acarreta sofrimento, angústia, vergonha, dor e por fim, a morte. Só em Deus o ser humano pode experimentar a verdadeira e completa independência.
Rev. Jailto Lima do Nascimento
Reflitamos nestas sábias palavras, por todos os sete dias das semanas vindouras.
AMÉM!!!
Muito boa sua mensagem, Rev. Jailto Lima do Nascimento.
Graças a Deus que é na dependência de Cristo que temos a verdadeira independência da morte, do pecado, do mundo, do Egito, assim como o Brasil teve de Portugal, que tanto lutou, no seu romanismo da “santa inquisição” para que o Evangelho não emplacasse nesta Nação. Mas graças a Deus, depois dessa Independência ou Morte, Deus permitiu que o Evangelho viesse para ficar no Brasil, primeiro com a vinda a Igreja Presbiteriana, em 1859, com o Missionário Ashbel Green Simonton, dos Congregacionais, nas pessoas do casal Dr Robert Kaley e sua esposa Sarah P. Kaley, que aqui já estavam e, depois, outros.