Conhecendo o Deus de toda a graça
O final de um ano e o início de outro é comumente marcado por muitos prognósticos, especulações, apreensões, expectativas e ansiedades. Especialistas se debruçam sobre extensos relatórios contendo tabelas, gráficos, números e projeções com o objetivo de “vislumbrar” o futuro próximo.
O trabalho dos analistas visa identificar ameaças e propor soluções para que dias difíceis sejam evitados e incentivar o aproveitamento máximo das oportunidades.
Nada contra o trabalho sério de profissionais extremamente qualificados, contudo sabemos que “não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos” (Jr 10.23). Sabemos também que “o coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos” (Pv 16.9).
Como cristãos cremos, confessamos e ensinamos que Deus está no controle de todas as situações e que absolutamente nada escapa ao seu justo, amoroso e soberano governo. Descansando nas maravilhosas promessas de nosso Deus aguardamos sempre os dias vindouros com otimismo.
O tema escolhido para o primeiro mês do novo ano encontra-se em 1 Pe 5.10 – “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar”. A consoladora promessa expressa pelo apóstolo Pedro nos ensina preciosas verdades que resumidamente destacamos:
1 – Nosso Deus é a fonte de toda a graça – Graça é comumente definida como favor imerecido, ou seja, aquilo de bom que alguém recebe mesmo não possuindo qualquer qualificação ou mérito. O Senhor Deus é fonte inesgotável de onde promana um imensurável rio de favor e misericórdia para o seu amado povo.
2 – Em Cristo nos escolheu para sua eterna glória – A iniciativa da reconciliação não foi nossa, foi do próprio Deus (2 Co 5.18) que por meio do único e perfeito sacrifício de seu amado Filho (1 Pe 1.18-19) nos garantiu a vida eterna em sua majestosa presença.
3 – Nossas feridas em breve serão saradas – Enquanto caminhamos para nossa pátria definitiva (Fl 3.20), enfrentamos lutas, aflições, dissabores e “noites” de terríveis trevas e implacáveis tempestades que nos causam feridas e onde a única pergunta que nos vem à mente é: Até quando? A resposta branda e doce de nosso Senhor, que proporciona incomparável alívio afirma: Um pouco. O apostolo Pedro deixa bem claro que a glória será eterna enquanto o sofrimento será breve. Devemos ter paciência e confiança nos momentos de extrema angustia, pois “ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5b).
4 – Deus cuida dos que são seus – As difíceis experiências que vivenciamos são utilizadas por Deus como um “curto caminho” que nos permite o acesso aos pastos verdejantes, às águas de descanso e ao refrigério da alma. Ele fará com que tudo fique bem e ainda estaremos melhores do que quando tudo começou, pois, “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28) e “ em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37).
Quando temos a consciência de que o Deus de toda a graça está ao nosso lado e nos toma pela mão para prosseguimos no caminho que está diante de nós, certamente avançamos entoando o cântico dos redimidos que afirma: “A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!” (1 Pe 5.11).
Rev. Jailto Lima