Natal: presentes para o Rei
Os magos vieram do Oriente para adorar o Rei Jesus e trazer-lhe presentes. Que presentes trouxeram? O que eles significam? Que implicações têm esses presentes colocados aos pés de Jesus? Compreender essa mensagem é fundamental para resgatarmos a centralidade do Natal. O Natal tem sido esvaziado de seu conteúdo. Coisas periféricas e até estranhas à mensagem do Natal têm ocupado o centro do palco e retirado de cena aquele que é o dono, o sentido e a razão de ser do Natal.
Os magos trouxeram ouro, incenso e mirra. Que tributos eles estavam prestando a Jesus com esses presentes?
1. Eles estavam reconhecendo que Jesus é o Rei dos reis. O ouro é o presente dedicado ao Rei. A humilde criança deitada na manjedoura, enfaixada em panos, que precisou retirar-se para o Egito para livrar-se da morte, que cresceu na apagada vila de Nazaré, que tinha as mãos calejadas no serviço da carpintaria, que se despojou de sua riqueza e se fez pobre e não tinha nem mesmo onde reclinar a cabeça, era o Rei dos reis, o dono do mundo. Jesus abriu mão da sua glória para vir ao mundo, encarnar-se e tornar-se Deus conosco e Deus semelhante a nós, exceto no pecado. Os magos reconheceram que Jesus é o Rei dos reis, a suprema autoridade no céu e na terra, aquele que está no trono do universo, que dirige as nações, que levanta reis e destrona reis, que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Diante de Jesus todo joelho deve se dobrar no céu, na terra e no inferno. Todas as criaturas do universo estão sujeitas a ele. Ele é o soberano absoluto sobre tudo e sobre todos. Nas suas mãos estão os destinos dos povos, das nações, da igreja, da sua própria vida.
2. Eles estavam reconhecendo que Jesus é o Sumo Sacerdote. Incenso é o presente para um sacerdote. Até o tempo de Jesus os sacerdotes ofereciam sacrifícios por si mesmos e pelo povo. Esses sacrifícios precisavam ser repetidos, pois eram imperfeitos, oferecidos por homens imperfeitos. Jesus veio ao mundo como o supremo sacerdote, o sacerdote perfeito, sem pecado, para oferecer um sacrifício perfeito, a sua própria vida. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, mas também é o Sumo Sacerdote que, na cruz, fez um único e cabal sacrifício pelos nossos pecados. Ele é ao mesmo tempo o Sacerdote e o sacrifício. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens, aquele que abriu para nós um novo e vivo caminho para Deus, por cuja morte, o véu do templo foi rasgado, dando-nos livre acesso à presença do Pai. Jesus é o caminho para Deus, a porte do céu.
3. Eles estavam reconhecendo que Jesus é o Supremo Profeta. Mirra é o presente para um profeta. Deus falou muitas vezes, de muitas maneiras aos pais pelos profetas. Mas, agora, nos fala pelo seu Filho. Até Jesus, os profetas falavam em nome de Deus. Mas Jesus é o próprio Deus. Os profetas diziam: “Assim diz o Senhor”, mas Jesus diz: “Eu, porém, vos digo”. Ele é o mensageiro e a mensagem. Ele é o próprio conteúdo da mensagem que proclama. Não temos outra mensagem a proclamar a não ser Jesus. Ele é o conteúdo do Evangelho. Seu nascimento nos trouxe boas novas de grande alegria. Sua morte nos trouxe copiosa redenção. Sua ressurreição nos dá poder para viver vitoriosamente. Sua ascensão nos garante que sua obra foi completa e vitoriosa. A promessa da sua volta nos dá esperança da consumação de todas as coisas, com sua vitória triunfal sobre todas as hostes do mal. Os magos vieram de longe e adoraram a Jesus, reconhecendo que ele é o Rei, o Sacerdote e o Profeta. É Jesus o Rei da sua vida? Você já se apropriou dos benefícios de sua morte vicária? Você aguarda ansiosamente a sua vinda? É Jesus o centro das comemorações do seu Natal?
Rev. Hernandes Dias Lopes