As qualificações de um presbítero – Parte 1
Das quinze qualificações exigidas para um homem ocupar presbiterato da igreja, apenas uma tem a ver com a habilidade de ensino. Os requisitos para se ocupar uma posição de liderança na igreja exigem excelência moral mais que intelectual. As qualificações estão relacionadas com a personalidade, o caráter e o temperamento da pessoa (1Tm 3.2-7). São uma espécie de catálogo de virtudes em contraposição ao catálogo de vícios descritos em 2Timóteo 3.2-5. Destacaremos algumas áreas importantes que devem ser observadas, quando da escolha da liderança espiritual da igreja.
Área familiar
Dois pontos merecem destaque:
O presbítero precisa ser marido de uma só mulher (3.2). “É necessário, portanto, que o bispo seja […] esposo de uma só mulher…”. O que essa afirmação significa? Há três coisas que não significam: Não significa que um homem solteiro esteja impedido de exercer o presbiterato. Também não significa que um homem que ficou viúvo e casou-se novamente esteja impedido de ser presbítero. Finalmente, não significa que um homem divorciado, cujo divórcio ocorreu por infidelidade ou abandono do cônjuge, esteja impedido de exercer esse sagrado ministério. Em outras palavras, um presbítero não pode ser um polígamo nem um adúltero.
O presbítero precisa liderar sua casa (3.4,5). “E que governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)”. O primeiro rebanho do presbítero é sua família. Se ele fracassa em cuidar da sua casa está desqualificado para cuidar da casa de Deus. Se não cria os filhos no temor do Senhor, fica prejudicado para exortar os filhos dos demais crentes. Se os próprios filhos não lhe obedecem nem respeitam, dificilmente sua igreja o obedecerá e respeitará sua liderança.
Área financeira
O presbítero não pode ser um homem avarento (3.3). “… não avarento”. A avareza é o apego ao dinheiro. É amar o lucro mais do que a Deus. É estar apegado ao dinheiro mais do que ao ministério. É lidar com as pessoas interessado nos bens que elas possuem em vez de lutar pelo bem das pessoas.
Área dos relacionamentos interpessoais
Quatro coisas devem ser aqui destacadas:
O presbítero não pode ser violento (3.3). “… não violento”. Um presbítero é um pastor que busca as ovelhas para apascentá-las e não para golpeá-las. Um presbítero não pode agredir as pessoas com palavras nem com atitudes. Não pode ser rude com as ovelhas. O presbítero é alguém que atrai as pessoas pela sua doçura e graça. As pessoas correm para ele na hora da aflição.
O presbítero precisa ser cordato (3.3). “… cordato”. Uma pessoa cordata luta pela paz. É um pacificador. É um construtor de pontes e não um cavador de abismos. Não espalha boatos, mas promove reconciliação. Não atiça o fogo da contenda, mas apaga as chamas da malquerença.
O presbítero precisa ser inimigo de contendas (3.3). “… inimigo de contendas”. Não basta ao presbítero não criar contendas; ele não pode ser passivo diante delas. O líder cristão é inimigo de contendas. É um homem engajado na promoção da paz. Suas palavras e suas atitudes são cuidadosamente pensadas para não colocar uma pessoa contra a outra.
O presbítero precisa ser hospitaleiro (3.2). O presbítero deve ter o coração aberto, o bolso aberto e a casa aberta. Tem prazer em receber as pessoas em sua casa e ajudá-las em suas necessidades.
Rev. Hernandes Dias Lopes