Nos momentos difíceis, creia!
Em muitos momentos da vida passamos por dificuldades. As lutas da vida surgem para todas as pessoas independente do que elas creem, fazem ou vivem. Algumas pessoas diante das situações adversas da vida chegam ao desespero, por falta de esperança! Já aqueles que têm esperança no Senhor podem encher os pulmões e cantar, “Deus cuidará de ti! Na tua dor, com todo amor; jamais te deixará! Deus cuidará de ti!”. Esse é o sentido do Salmo 13, um desafio ao homem para o exercício de sua fé em Deus.
Tal como se dá em quase todos os Salmos de lamento, este Salmo começa com um apelo desesperado, mas termina com uma bela declaração de confiança e alegria em Deus. Aprendemos com este salmo algumas atitudes que devemos tomar diante das lutas e dificuldades encontradas na vida.
Se atentarmos para os versículos 1 e 2, encontramos a primeira atitude do homem de fé diante dos momentos difíceis da vida, crer que um dia as dificuldades terão fim. As quatro repetições da expressão “até quando”, exprimem a angústia do salmista. Podemos perceber aqui a ação permissiva de Deus, no que tange aos momentos de dificuldades enfrentadas pelo salmista. Isto certamente não era para malefício, antes, porém, para benefício do próprio salmista, isto porque são nos momentos das adversidades que crescemos no conhecimento de Deus, no reconhecimento de sua soberania e percebemos quão necessitados somos do seu socorro, pois “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”. (Sl 46.1). Por conta disso, o apóstolo pode afirmar, “Por que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação”. Confiemos, pois no Senhor, sabedores de que ele nos contempla e nos socorre. E que um dia dará cabo de nossos sofrimentos.
Na continuidade do texto, os versos 3 e 4 nos traz mais uma grande verdade para o enfrentamento das nossas lutas e dificuldades, crer que Deus ouve as nossas orações. Nesse momento Davi pede a Deus que, em primeiro lugar atente para ele; e, em segundo lugar que o socorra. Pois entende que somente clamando pelo socorro divino, sua sorte poderia ser mudada. Ele precisava estar persuadido de que Deus tinha seus olhos postos nele, e assim, teria a certeza de que o seu clamor, não só chegaria a Deus como também seria atendido por ele. Uma vez que a misericórdia divina o assistiria, certamente poderia contar com a assistência de Deus. Esse é um dos maiores conforto e consolo que o homem pode ter.
Em terceiro lugar, outra atitude do homem de fé diante das dificuldades que encontramos nos versos 5 e 6 é crer na ação da graça de Deus, pois o salmista assim expressa: “No tocante a mim, confio na tua graça (…)”. Conforme é comum nos Salmos de lamentação que incorporam um grito pedindo socorro, o salmista retoma aqui à esperança e à fé. Ele confiava na misericórdia de Deus. O termo graça é próprio da linguagem da aliança, especificamente, a devoção graciosa, o amor por meio do qual Deus se vinculou ao seu povo. Mediante a fé, o coração é encorajado. Na vitória, o coração prorrompe em uma canção. No cântico, mais fé é gerada, e assim o homem bom caminha de uma vitória a outra. Mas, nada disso é possível se Deus decidisse não intervir em prol de seus filhos. Por isso, faz-se necessário crermos na ação da graça de Deus.
Por fim, em meio às maiores dificuldades da vida, a instrução dada pela Palavra de Deus é, CREIA! Creia que um dia suas dificuldades terão fim, creia que Deus ouve suas orações e creia na ação da graça de Deus. Amado, creia que: “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5b).
Rev. Gláucio Luciano dos Santos Oliveira