Mulheres, sejam submissas ao seu marido
“As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor” (Ef 5.22).
O relacionamento entre marido e mulher, de acordo com o padrão divino, é consequência da plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18). Somente um marido cheio do Espírito Santo ama sua mulher como Cristo ama a igreja e somente uma mulher cheia do Espírito Santo submete-se a seu marido como a igreja é submissa a Cristo. Antes de expor o que a submissão significa, é mister deixar claro o que ela não significa.
Em primeiro lugar, o que a submissão não significa?
A submissão não significa inferioridade de gênero. Homem e mulher foram criados por Deus à sua imagem e semelhança. Ambos têm o mesmo valor e a mesma dignidade aos olhos de Deus. Nenhum é superior ou inferior ao outro (1Co 11.11,12). A mulher não é submissa ao gênero masculino; é submissa ao seu próprio marido. A submissão não é uma questão de valor pessoal, mas uma questão funcional no casamento.
A submissão não significa que a mulher é um capacho do homem. Submissão não é inferioridade nem significa negar à esposa o direito de ter vez e voz. A mesma Escritura que ordena à mulher ser submissa a seu marido, ordena o marido a amar sua mulher como Cristo amou à igreja (Ef 5.25). Não é submissão a um tirano, mas a um marido que ama sua mulher com amor perseverante, santificador e sacrificial (Ef 5.25-29).
A submissão não é obediência incondicional. A submissão da esposa a seu marido está limitada à sua obediência a Cristo. Ela não é obrigada a ser submissa a seu marido, se ele exige dela que transgrida sua consciência ou se requer dela uma postura que ultrapasse sua fidelidade a Cristo. Se o marido exigir de sua mulher uma obediência cega, servil e opressora, por dever de consciência, ela deve desobedecê-lo para obedecer a Cristo, pois antes importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29).
Em segundo lugar, o que a submissão significa?
A submissão da esposa ao seu marido significa exercer uma missão sob a missão do marido. Quando Deus instituiu a família, por questão de funcionalidade, colocou o marido como cabeça da esposa, como o próprio Deus é o cabeça de Cristo (1Co 11.3). Uma casa não pode ter dois comandos. Uma família não pode ser bicéfala. Deus é Deus de ordem e não de confusão. O homem é o responsável pela liderança de sua família. A mulher sábia, entende isso, respeita isso e, ajuda seu marido, como auxiliadora idônea, a cumprir sua missão.
A submissão da esposa ao seu marido significa que ela exerce esse papel com espontaneidade e não com relutância. A mulher deve ser submissa ao seu marido como a igreja é sujeita a Cristo (Ef 5.24). Em outras palavras, porque a mulher é serva de Cristo, ela submete-se a seu marido. Com essa postura, ela orna a doutrina de Cristo, honra ao seu marido e edifica a sua casa. A submissão da esposa ao seu marido não é um cerceamento de sua liberdade, mas uma afirmação dela. Somos livres não quando transgredimos os preceitos que nos regem, mas quando os observamos. Somos livres para dirigir nosso carro quando obedecemos às leis de trânsito e não quando as transgredimos. Somos livres para irmos e virmos na sociedade quando observamos as leis constituídas e não quando as quebramos. Assim, quanto mais a mulher é submissa ao seu marido, mais livre ela é, pois submissão para ela não é subserviência, mas realizar sua missão sob a missão dele, para que ele cumpra sua missão de amá-la como Cristo amou a igreja.
A submissão da esposa ao seu marido significa que ela tem na igreja de Cristo seu exemplo e seu padrão. Quanto mais a igreja é submissa a Cristo, mais feliz ela se torna, mais segura ela vive e mais livre ela se sente. Assim também, quanto mais a esposa se sujeita ao seu marido, como convém no Senhor, mais feliz ela é, mais segura ela vive e mais livre ela se sente. Os preceitos de Deus não nos aprisionam, mas libertam-nos. Não nos foram dados para nos oprimir, mas para nos dar vida em abundância. Que os casamentos sejam esse reduto feliz onde o marido ama a sua mulher como Cristo amou a igreja e a esposa seja submissa ao seu marido como a igreja o é a Cristo.
Rev. Hernandes Dias Lopes