Há esperança para aquele que pecou
“Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas quem as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provébios 28.13).
Não há homem que não peque. Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. A inclinação do nosso coração é para o mal. O pecado é uma isca que nos seduz e uma armadilha que nos atrai. O pecado é maligníssimo. Seu salário é a morte. Mas, será que há esperança para aquele que peca? O texto em tela nos dá a resposta.
1. Há esperança para aquele que peca, quando há uma disposição de confissão. Encobrir o pecado é subestimar seu poder devastador. Mantê-lo escondido é tornar-se seu escravo. Onde o pecado é escondido, aí ele exerce sua tirania. O caminho do transgressor fica bloqueado, sempre que seu pecado é mantido sob o manto do silêncio. Encobrir o pecado é abrir no peito uma dor sem cura, é ver alastrar no corpo uma doença contagiosa, é ser derrotado por um mal fatal. Davi chegou a dizer que enquanto ele calou o seu pecado, o seu vigor tornou-se em sequidão de estio e a mão de Deus pesava sobre ele de dia e de noite. Os cânticos de alegria foram substituídos pelos constantes gemidos. A alma em festa foi coberta de luto e a exultação em Deus foi transformada em total desespero. Oh, quão terrível é o pecado! Quão devastador são seus efeitos! Quão perturbador é para a alma encobri-lo.
2. Há esperança para aquele que peca, quando há uma confissão sincera. Mas, o que é confessar o pecado? É concordar com Deus que houve a transgressão. É não se justificar nem buscar evasivas apenas para continuar na sua prática. A confissão é a disposição de reconhecer a culpa. É espremer o pus da ferida. É fazer uma assepsia da alma e uma faxina da mente. A confissão deve ser a Deus, uma vez que só Deus pode perdoar pecados. Nenhum homem, por mais consagrado ou por mais alta posição que ocupe tem essa autoridade. Quando pecamos contra o nosso próximo, devemos, também, confessar a ele nossa transgressão. A palavra de Deus nos ensina a confessarmos os nossos pecados uns aos outros para sermos curados. A Escritura ainda nos diz que se confessarmos os nossos pecados Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça. Quando confessamos, Deus perdoa e quando Deus perdoa, ele apaga completamente as nossas transgressões e nos torna mais alvos do que a neve. Oh, que glorioso perdão podemos receber de Deus! Oh, quão gracioso é o nosso Deus que nos dá o seu perdão, que não merecemos e quão misericordioso é ele que não aplica em nós o seu justo juízo que merecemos! Se Deus observasse os nossos pecados estaríamos consumidos. Mas, porque ele é perdoar, nisso consiste nossa esperança!
3. Há esperança para aquele que peca, quando depois da confissão do pecado há um rompimento com sua prática. O ensino da palavra de Deus não é arrependimento e novamente arrependimento, mas arrependimento e frutos de arrependimento. Não é confissão e mais confissão do pecado, mas confissão e abandono do pecado. É confessar as transgressões e deixá-las. A confissão e o abandono do pecado implica no recomeço de uma nova vida. É lembrar de onde se caiu e voltar à prática das primeiras obras. É sair do deserto existencial que o pecado produziu e entrar no jardim de Deus, onde os aromas da graça exalam com exuberância. É sacudir o jugo pesado da tristeza que o pecado produziu e celebrar com vívida alegria a restauração. A promessa segura de Deus é que aquele que confessa e deixa suas transgressões alcança misericórdia. Oh, graça maravilhosa! Oh, Deus perdoador! Oh, esperança bendita! Há esperança para você, há esperança para mim, há esperança para todos nós, pecadores!
Rev. Hernandes Dias Lopes