Os símbolos da humilhação e da exaltação de Jesus
Jesus é o centro da eternidade e da história. Nele convergem todas as coisas, na terra e no céu. Ele é o centro dos decretos eternos de Deus, o centro das Escrituras e será o centro do céu, por toda a eternidade. Destacamos, aqui, alguns símbolos de sua encarnação e de sua super-exaltação.
1. A manjedoura (Lc 2.7). A encarnação do Verbo eterno, pessoal e divino é um glorioso mistério. O transcendente se esvaziou e vestiu pele humana. O eterno entrou no tempo. O infinito tornou-se um bebê e o Rei dos reis nasceu num manjedoura. Sendo rico, se fez pobre. Sendo santo, foi feito pecado. Sendo bendito eternamente, foi feito maldição. A manjedoura é um golpe no orgulho dos homens, pois Jesus veio como cordeiro, como servo, como alguém que, sendo Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus.
2. A bacia e a toalha (Jo 13.4,5). No mesmo momento em que os discípulos disputavam entre si prestígio e proeminência, Jesus confronta-os cingindo-se com uma toalha e deitando a água na bacia para lavar seus pés empoeirados. Sendo ele o Senhor e o Mestre, voluntariamente, fez o trabalho de um escravo. Jesus deixa claro que no reino de Deus a pirâmide está invertida. Aquele que tem mais honra é o servo de todos. Jesus não veio para ser servido, ele veio para servir, ensinando com isso, que a humildade é o portal da honra enquanto a soberba é a antessala do fracasso.
3. A cruz (Lc 23.33). Não podemos separar a manjedoura da cruz. Jesus nasceu numa manjedoura porque ele veio como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Com seu sacrifício na cruz, Jesus varreu do altar os animais sacrificados. Com sua morte, ele pôs fim a todo o sistema cerimonial judaico e abriu-nos um novo e vivo caminho para Deus. A cruz é o palco onde Deus demonstrou o seu amor por pecadores indignos e ao mesmo tempo satisfez sua justiça, pois seu Filho morreu como nosso substituto. Na manjedoura Jesus se esvaziou. Usando a toalha e a bacia Jesus serviu. Mas, na cruz Jesus se sacrificou.
4. O túmulo vazio (Lc 24.1-3). Jesus não foi retido pela morte. Ele matou a morte e arrancou o seu aguilhão. Ele triunfou sobre a morte e ressuscitou com um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso e celestial. A morte foi vencida e tragada pela vitória. Sua ressurreição é o selo da nossa esperança. Jesus abriu o caminho da imortalidade e se levantou do túmulo como primícia dos que dormem. Sua ressurreição é a garantia de aqueles que dormem em Cristo se levantarão do túmulo e receberão um corpo semelhante ao corpo de sua glória.
5. O trono (Hb 1.8). Porque Jesus se esvaziou e foi obediente até à morte e morte de cruz, Deus Pai o exaltou sobremaneira e o fez assentar-se no trono das alturas. Jesus foi elevado acima dos céus. Ele está entronizado acima dos querubins. Ele governa o universo, intercede pela igreja e voltará gloriosamente. Seu trono jamais será abalado e seu reino jamais passará. Seu domínio é eterno. Diante dele todo joelho precisa se prostrar e toda língua precisa confessar que ele é Senhor, para a glória de Deus. Até mesmo aqueles que o rejeitaram terão que se prostrar. Ateus, agnósticos e místicos precisarão se render e confessar que Jesus é Senhor. Anjos, homens e demônios precisarão reconhecer que Jesus é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. O Jesus da manjedoura é o Jesus do trono. Ele está à destra de Deus Pai, de onde virá visivelmente, audivelmente, repentinamente, inesperadamente, inescapavelmente, poderosamente e gloriosamente para buscar a sua igreja. Virá para julgar vivos e mortos. Virá para estabelecer seu reino de glória. Virá para colocar debaixo de seus pés todos os seus inimigos e entregar o reino ao Deus e Pai!
Rev. Hernandes Dias Lopes