Quão glorioso é o nosso redentor!
“Ele é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder…” (Hb 1.3).
A carta aos Hebreus é considerada o quinto Evangelho, pois se os quatro Evangelhos falam do que Cristo fez na terra, Hebreus fala do que Cristo continua fazendo no céu. Essa epístola enfatiza a superioridade de Cristo em relação aos profetas, aos anjos, a Moisés, a Josué, a Arão. Seu sacrifício foi melhor e a aliança que estabeleceu em seu sangue é superior. Logo no introito de Hebreus, o autor ressalta a grandeza incomparável de Jesus, elencando sete de seus gloriosos predicados:
1. Jesus foi constituído por Deus como o herdeiro de todas as coisas (Hb 1.2). “… a quem constituiu herdeiro de todas as coisas…”. É claro que o autor não está tratando de seu estado eterno junto com o Pai, pois sempre teve glória plena antes que houvesse mundo. Fala, entretanto, de uma herança que recebeu como resultado de seu sacrifício vicário. Em virtude do Filho ter se encarnado, morrido e ressuscitado para remir seu povo, a ele é dado como herança, todas as coisas.
2. Jesus foi o criador do universo (Hb 1.2). “… pelo qual também fez o universo”. O universo não surgiu espontaneamente nem foi produto da uma evolução de milhões e milhões de anos. A matéria não é eterna. Só Deus o é. O universo foi criado, e isso, a ciência prova. Mas, pela fé entendemos que o universo foi criado por Deus, por intermédio de seu Filho. Desde os mundos estelares até o homem, obra prima da criação. Desde os anjos até o menor dos seres vivos que rasteja pela terra, voa pelo ar ou percorre as sendas dos mares, tudo saiu das mãos do Filho de Deus. Tudo foi feito por ele e sem ele nada do que foi feito se fez. Ele criou todas as coisas, as visíveis e as invisíveis. Do nada ele tudo criou, com poder e sabedoria.
3. Jesus é o resplendor da glória de Deus (1.3). “Ele, que é o resplendor da glória…”. A glória não é um atributo de Deus, mas a somatória de todos eles, na sua expressão máxima. Jesus encerra em si mesmo todo o resplendor dessa glória divina. Ele é a manifestação plena e final de Deus. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Vemos Deus em sua face. Quem vê Jesus, vê a Deus, pois tem a mesma essência, os mesmos atributos e a realiza as mesmas obras.
4. Jesus é a expressão exata do ser de Deus (Hb 1.3). “… e a expressão exata do seu Ser…”. Deus é espírito, portando não podemos contemplá-lo. Deus é tão santo e glorioso que até os serafins cobrem o rosto diante de sua Majestade. Jesus, porém, sendo Deus se fez carne e habitou entre nós, cheio da graça e de verdade e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. Se quisermos saber como Deus é, devemos olhar para Jesus. Se quisermos saber quão belo, quão, santo, quão amoroso Deus é, devemos olhar para Jesus. Ele disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai, pois eu e o Pai, somos um”. Jesus é a exegese de Deus!
5. Jesus é o sustentador do universo (Hb 1.3). “… sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder…”. Jesus não apenas criou todas as coisas, mas sustenta todas elas, pela palavra do seu poder. É ele quem mantém o universo em equilíbrio. É ele quem mantém as galáxias em movimento. É ele quem dá coesão, ordem e sentido a este vastíssimo e insondável universo com mais de noventa e três bilhões de anos-luz de diâmetro. É ele quem espalhada as estrelas no firmamento e conhece cada uma delas pelo nome. O universo não se mantém fora de sua providência e nem sobrevive sem seu governo.
6. Jesus é o Sumo Sacerdote que fez a purificação dos pecados (Hb 1.3). “… depois de ter feito a purificação dos pecados…”. Jesus é o grande Sumo Sacerdote, que sendo perfeito, ofereceu um sacrifício perfeito, o seu próprio sangue, para purificar-nos do pecado. Os animais mortos foram varridos do altar, porque Jesus ofereceu um único e eficaz sacrifício para remir-nos e purificar-nos.
7. Jesus é o Rei que foi exaltado por Deus (Hb 1.3). “… assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”. Jesus é o Profeta por quem Deus encerrou sua revelação. É o Sumo Sacerdote que ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito. É o Rei glorioso que está assentado à mão direita de Deus, de onde governa sua igreja, as nações e o próprio universo e, de onde vai voltar, gloriosamente, para buscar sua igreja. Oh, quão glorioso é o nosso Redentor!