As glórias do nosso Salvador
Toda a história do Antigo Testamento foi uma preparação para a chegada do Messias. Os patriarcas falaram dele. Os profetas apontaram para ele. O cordeiro da páscoa era um símbolo dele. A arca da aliança, símbolo da presença de Deus entre o povo, era uma sombra da realidade que chegou com ele. Na plenitude dos tempos, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a Nazaré, a fim de transmitir a Maria que ela seria mãe do Salvador. Esse episódio está registrado em Lucas 1.26-38. Destacaremos à luz deste texto três solenes verdades acerca do nosso glorioso Salvador.
1. Seu nome aponta-o como Salvador (Lc 1.31). Jesus é o seu nome humano e esse nome lhe foi dado porque ele salvará o seu povo de seus pecados (Mt 1.21). Jesus é o único nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12). Ele é o único Mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5). Ele é a porta da salvação e o caminho para Deus. Ele veio para buscar e salvar o perdido. Nele temos copiosa redenção. Todo aquele que nele crê tem a vida eterna. Por meio dele somos reconciliados com Deus e passamos a ter livre acesso a Deus. Aqueles que viveram na antiga dispensação foram salvos olhando para a frente, para o Messias que havia de vir, ou seja, o Cristo da profecia. Nós, porém, somos salvos olhando para trás, para o Cristo que já veio, o Cristo da história. Nunca houve nem jamais haverá outro Salvador. Só ele salva. Só nele há perdão e vida eterna.
2. Sua dignidade aponta-o como Filho do Altíssimo (1.32). Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo (Lc 1.35). Como homem não teve pai humano e como Deus não teve mãe humana. Ele é o Filho do Altíssimo, o próprio Filho de Deus (Lc 1.35), o Pai da eternidade. Ele é Deus de Deus, Luz de Luz, co-eterno, co-igual e consubstancial com o Pai. Ele tem os mesmos atributos do Pai e realiza as mesmas obras. Ele é o Verbo eterno, pessoal, divino, criador, autor da vida e luz que ilumina todo homem. Ele se fez carne e habitou entre nós. Sendo Deus, se fez homem; sendo Rei, se fez servo; sendo transcendente, esvaziou-se e nasceu de uma virgem para habitar entre nós cheio de graça e de verdade. Ele é a exata expressão do ser de Deus. Ele é o resplendor da glória. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ninguém jamais viu a Deus. Foi Jesus, como Filho de Deus, que veio nos revelar o Pai em todo o seu fulgor, em toda a sua glória. Quem vê Jesus, vê o Pai, pois ele e o Pai são um.
3. Sua posição aponta-o como Rei cujo reino é eterno (1.32,33). Jesus herdou o trono de Davi. Ele reinará para sempre, pois o seu reinado não terá fim. Reinos se levantam e caem, mas o reinado de Cristo é eterno. Reis ascendem ao trono e reis são depostos do trono, mas o reinado de Cristo jamais será abalado e jamais passará. O seu reino não é deste mundo. Não é um reino político e geográfico, com aparato militar. Mas, um reino espiritual. Ele governa o coração de seus súditos. Ele estabelece seu reino dentro de nós, um reino de justiça, alegria e paz. Agora, está presente entre nós e em nós o seu reino de graça, mas na consumação dos séculos, todos os reinos tornar-se-ão dele. Então, ele estabelecerá o seu reino de glória, quando colocar todos os inimigos debaixo de seus pés. Então, ele entregará o reino ao Deus e Pai, para que este seja tudo em todos.
Quão glorioso é o nosso Redentor. Ele é a nossa esperança e a nossa alegria. Ele é a nossa paz e a nossa herança. Ele é o nosso Salvador e o nosso Senhor. Ele é o nosso Advogado e o nosso Juiz. Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Ele é antes do tempo, criador do mundo, sustentador do universo, Salvador de seu povo. Por meio dele vivemos, nos movemos e existimos. A ele tributamos toda honra e glória, agora e pelos séculos sem fim!
Rev. Hernandes Dias Lopes