A BÍBLIA PROIBIDA

A Bíblia é o livro mais lido, mais traduzido e mais distribuído do mundo. Já foi traduzida para mais de três  mil idiomas e estima-se que já foram impressos mais de quatro bilhões de exemplares. Seu conteúdo é inerrante,  suas profecias são infalíveis, sua mensagem é sempre atual. A Bíblia é uma coletânea de sessenta e seis livros  inspirados pelo Espírito de Deus, escritos por homens santos de Deus. As nações que cresceram sob sua égide  foram nações prósperas. Ela sempre esteve na base dos grandes avanços e conquistas sociais. Ela sempre  inspirou as conquistas científicas e a educação dos povos. Ela valoriza a vida, a família, a ordem, o  relacionamento certo com Deus e com os homens. Nenhum indivíduo pode ser verdadeiramente culto sem  conhecer este livro dos livros. 

A Bíblia prova sua importância, pertinência e acuracidade por três razões eloquentes, dentre outras.  Primeiro, sua unidade na diversidade. Ela levou mais de quinze séculos para ser escrita, por aproximadamente  quarenta escritores, de lugares diferentes, tempos diferentes e culturas diferentes. Não há conflito, entretanto,  nem contradição entre seus autores. Ela não precisa ser atualizada nem ressignificada. Sua mensagem é sempre  atual e oportuna. Isso a torna singular. Segundo, suas profecias cumpriram-se, estão se cumprindo e hão de se  cumprir literalmente. Deus escreve a história antes de ela acontecer. Deus está no futuro em seu eterno agora.  Ela retrata de maneira eloquente que Deus está no trono e dirige os destinos da história. Terceiro, seu poder  transformador. A Palavra de Deus tem vida em si mesma. Ela tem sido poderoso instrumento nas mãos de Deus  para transformar a vida de facínoras em homens mansos, ébrios em homens sóbrios, devassos em homens santos  e piedosos.  

A despeito desses apanágios singulares da Bíblia, ela tem sido perseguida ao longo dos séculos. Não  poucas vezes, foi confiscada, proibida e lançada às fogueiras. Frequentemente, levantam-se pessoas besuntadas  de orgulho para assacarem contra ela seus libelos acusatórios. Todavia, quanto mais a Bíblia é atacada, mais ela  cresce; quanto mais ela é criticada, mais seu conteúdo evidencia-se verdadeiro; quanto mais ela é proibida, mais  ela é traduzida para outros idiomas e distribuída em larga escala. A Bíblia tem sido a bigorna de Deus que tem  quebrado o martelo de todos críticos. Ela tem saído ilesa e sobranceira de todas as fogueiras da intolerância. Ela  não pode ser destruída pelos homens, porque é a palavra eterna de Deus. Ela não pode ser refutada pelos críticos,  porque ela não pode falhar. Ela não pode ser proibida pelas cortes porque ela não está algemada.  

O próprio Filho de Deus afirmou que a Palavra de Deus é a verdade (Jo 17.17). Ninguém pode lutar  contra a verdade e prevalecer. A Bíblia é fogo que destrói os nebulosos argumentos dos críticos e martelo que  esmiúça a dureza dos que a resistem. Ela é luz para nossos passos, alimento para nosso corpo e vida para nossa  alma. Quem a lê, nela medita e a obedece é bem-aventurado. Os tolos, do topo de sua pretensa e arrogante  sapiência, tapam, porém, os ouvidos à sua voz. Interpor-se, entrementes, no caminho da verdade é matricular-se  na escola da insensatez. Fechar-lhe as portas das bibliotecas, com o argumento de que isto é favorecer o  cristianismo, por sermos um país laico, é obscurantismo. Um país laico não é um país ateu; apenas não possui  uma religião oficial. As bibliotecas públicas e as bibliotecas das escolas estaduais e municipais devem estar  abertas a todas as obras literárias, especialmente para o livro mais lido do mundo, a Bíblia Sagrada. Cabe aos  leitores, numa nação livre e democrática, o alvitre da escolha do que ler ou deixar de ler. 

Rev. Hernandes Dias Lopes

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