“NÃO DEIXEMOS DE CONGREGAR-NOS”
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”
Hebreus 10.25
Uma declaração de amor é sempre bem-vinda, porém, deve ser acompanhada de ações que demonstrem a veracidade das palavras afetuosas. Somente palavras não são suficientes para demonstrar o amor que nutrimos por alguém ou algo. O apóstolo Paulo quando falou sobre o amor de Cristo por sua igreja, deixou claro que tão grande amor foi materializado pela ação de entregar-se a si mesmo em sacrifício para redenção, santificação, aperfeiçoamento e felicidade de sua amada (Efésios 5.24-27).
Com muita facilidade inúmeros membros de igrejas locais afirmam que amam a comunidade na qual estão formalmente arrolados como membros, contudo, suas ações apontam em outra direção. São pessoas que quando foram admitidas assumiram livremente o compromisso de manter a igreja espiritualmente, moralmente e financeiramente. Entretanto, decorrido determinado período o que se evidencia é justamente o oposto.
A negligência para com o culto divino por parte de alguns é uma das grandes e graves evidências de um “amor de palavras”. Os interesses pessoais se sobrepõem ao sagrado dever e privilégio do ajuntamento solene no Dia do Senhor. Há tempo para as mais diversas atividades, recreações, compromissos profissionais e acadêmicos, sem, contudo, haver espaço na agenda para os cultos dominicais, estudos bíblicos e reuniões de oração.
A negligência para com a comunhão comunitária não é algo novo. Nos dias do autor da Epístola aos Hebreus, ela já era praticada e severamente combatida pelo autor da carta. A exortação bíblica conclama os cristãos ao ajuntamento com a finalidade do mútuo encorajamento no que diz respeito a amarmos a Deus e ao nosso próximo. O texto bíblico denuncia que alguns já estão acostumados a ausência injustificada da vida comunitária, o que caracteriza uma ação pecaminosa e extremamente prejudicial ao praticante contumaz.
Muitos irmãos são privados da comunhão dos santos por razões alheias à sua vontade. São problemas de saúde que impedem o comparecimento, outros, em virtude da idade avançada, dependendo exclusivamente da iniciativa de familiares e irmãos na fé. E em alguns países, porque estão presos em virtude da fé em Cristo Jesus. Temos também aqueles que trabalham por escala, ausentando-se exclusivamente por um motivo justo.
Devemos envidar todos os esforços para uma participação saudável e responsável das atividades de nossa igreja local, sem qualquer ativismo eclesiástico, legalismo religioso, negligência com a família ou desprezo para com nossas demais responsabilidades. Nossa salvação foi adquirida por Cristo mediante seu único e perfeito sacrifício, não sendo resultado de nossas boas obras ou performance religiosa. Evidenciamos nosso amor por Cristo, agindo com responsabilidade e zelo para com a sua amada igreja. Como você tem lidado com o privilégio de ser membro da igreja de Cristo? Você pode afirmar que ama a igreja?
Rev. Jailto Lima do Nascimento