“Na verdade, o Senhor está neste lugar…”
Nós cristãos reformados cremos e ensinamos que só Deus é onipresente, ou seja, “que Deus enche cada parte do espaço com seu Ser completo”. Nossa convicção é fruto do claro ensino das Escrituras que proclamam tão consoladora verdade: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.” (Salmo 139-7-10)
Todos os nossos atos estão patentes diante do Senhor (Pv 5.21; 15.3), Ele contempla todo o nosso proceder. A vida diária do cristão deve glorificar a Deus, todos os nossos atos devem ter como objetivo honrar e engrandecer ao Senhor (1 Co 10.31). Portanto, para nós não existe a tão falada dicotomia entre sagrado e profano. TUDO PARA NÓS É SAGRADO.
Ao rejeitarmos o ensino que distingue o sagrado do profano, não estamos afirmando que todos os comportamentos são válidos para todos os lugares em qualquer tempo, há comportamentos que em si são lícitos, porém, não são adequados a determinados ambientes em determinados momentos.
O culto público requer dos seus participantes “decência e ordem” (1 Co 14.40). Quando nos reunimos para a adoração o Senhor está entre nós (Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles – Mt 18.20). Para o bom andamento do ato público de adoração ao Senhor alguns procedimentos deve ser evitados:
A) Evite chegar atrasado, pois a pontualidade reflete a importância do compromisso;
B) Em chegando (excepcionalmente) após o inicio do culto, seja discreto e silencioso;
C) Não entre durante a leitura da Bíblia e oração; aguarde o término e só então tome o seu lugar;
D) O celular deve permanecer desligado; os profissionais que necessitam manter o aparelho funcionando devem usar o “modo silencioso”;
E) Não se envolva em conversas e brincadeiras durante o culto. Sua atenção deve estar voltada para o ato de adoração;
F) Não traga para o templo alimentos e líquidos (água, suco, refrigerante). A exceção aplica-se à ingestão de medicamento por parte de pessoas impossibilitadas ou com dificuldade de locomoção;
G) Evite deslocamento desnecessário;
H) Os pais ou responsáveis devem instruir as crianças quanto à importância da reverência durante o culto. Jogos e troca de e-mails não são oportunos durante o momento de adoração;
I) O vestuário deve refletir a sobriedade da ocasião. Alguns trajes que, oportunos em outros lugares, são incompatíveis para o uso na casa de Deus.
Que haja em nós o mesmo sentimento presente no autor do Salmo 84, que afirmou:
“Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente.” (Sl 84.1-4)
Rev. Jailto Lima do Nascimento