Quem é Deus: criador ou criatura?
A Revista Veja, de 11 de fevereiro de 2009, celebrando os duzentos anos do nascimento de Charles Darwin, publicou uma matéria insolente atacando a fé cristã. O livro de Darwin, Origens das Espécies, publicado em Londres, em 1859, falando sobre a geração espontânea e a evolução das espécies tornou-se uma crença generalizada, especialmente em alguns redutos acadêmicos.
O núcleo central da teoria de Darwin é que o mundo e o homem tiveram uma origem naturalista. Até então, cria-se que Deus havia criado o homem; agora, crê-se que o mundo pariu a si mesmo e o homem é fruto de um processo evolutivo de milhões e milhões de anos. Na teoria de Darwin, Deus não existe. Ele é apenas uma criação do homem em vez do homem ser criação de Deus.
Em favor da verdade, nós precisamos reafirmar que não há contradição entre a ciência e a fé cristã. A ciência corretamente interpretada jamais entrará em contradição com a Palavra de Deus, pois ambas têm o mesmo autor. Precisamos de igual forma ressaltar, que a evolução não é uma ciência, mas uma teoria. Falta à evolução a evidência das provas. O próprio livro de Darwin tem nada menos que oitocentos verbos no futuro do subjuntivo: "Suponhamos". A evolução não passa de uma suposição e absolutamente improvável. A fé cristã por sua vez não é uma crença vazia, desprovida de inteligência. Nossa fé está ancorada em fatos incontroversos. A fé é a certeza de coisas e a convicção de fatos. O Deus revelado na criação, nas Escrituras e em Cristo é o criador do universo e não uma criatura do homem. Chamamos sua atenção para três fatos importantes:
1. Precisamos mais fé para acreditar na evolução do que na criação – O mundo não pode dar à luz a si mesmo. A vida não pode surgir do nada. Vida só procede de vida. O mundo com toda a sua complexidade não poderia ser produto do acaso nem de uma explosão cósmica nem mesmo de uma evolução de milhões e milhões de anos. As evidências provam que o mundo não está evoluindo, mas se deteriorando. A ciência corrobora com o relato da criação e não com as improváveis e tendenciosas teorias da evolução. Os evolucionistas que combatem a fé cristã não estão ancorados na rocha da ciência, mas navegando à deriva, pelos mares revoltos de suas teorias improváveis.
2. Precisamos mais fé para acreditar que Deus é criatura do homem do que para acreditar que o homem é criatura de Deus – A teoria de que Deus é apenas uma invenção humana tem conseqüências funestas. A teoria da evolução trouxe seus reflexos na biologia, na filosofia e também na teologia. Essa crença de que o homem inventou Deus e que o homem veio do nada, é nada, e caminhada para o nada, é o alicerce do niilimismo filosófico, da decadência moral e das atrocidades históricas. O holocausto que matou seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, as barbáries hediondas dos regimes totalitários, ceifando mais de sessenta milhões de pessoas, só no século XX, são fruto desta ensandecida teoria. A prática indiscriminada de aborto e os descalabros morais são conseqüência do ateísmo. Dostoievski disse: "Se Deus não existe, tudo é permitido".
3. Precisamos mais fé para acreditar que o cosmos veio do caos do que para acreditar que o cosmos veio de Deus – A teoria do big-bang, de que o universo surgiu de uma explosão cósmica está na contramão do bom senso. Seria mais fácil acreditar que um bilhão de letras lançadas ao ar caísse na forma de enciclopédia. Seria mais fácil acreditar que um rato correndo atabalhoadamente sobre as teclas de um piano tocasse serenata ao luar. O caos não pode produzir ordem. O universo tem leis precisas. Nós somos seres programados geneticamente. A biologia moderna aponta para uma mente sábia e criadora por trás do universo. Só o insensato é que nega a existência de Deus. Suas teorias podem até fazer barulho e enganar os incautos, mas em breve, elas se cobrirão de poeira. A Palavra de Deus, porém, permanecerá impávida, sobranceira e vitoriosa para sempre e sempre!
Rev. Hernandes Dias Lopes