Cuidado com o flerte
A vida é como uma viagem numa estrada cheia de placas, placas de advertências. Se observarmos as placas evitaremos acidentes e chegaremos seguros ao nosso destino proposto. Se, todavia, prosseguirmos, colocando o pé no acelerador, sem observarmos os solenes avisos ao longo do caminho, sofreremos danos irreparáveis e provocaremos acidentes gravíssimos. Uma dessas placas ao longo da estrada é: cuidado com o olhar impuro, cuidado com o flerte! A palavra de Deus adverte-nos solenemente a esse respeito, quando diz:: “O que acena com os olhos traz desgosto, e o insensato de lábios vem a arruinar-se” (Pv 10.10). Olhos e boca precisam ser santificados se quisermos fazer uma viagem segura rumo à glória.
O homem pode tropeçar e cair tanto pelo que vê como pelo que fala. O texto está falando de um olhar lascivo e focando o flerte malicioso. O passo seguinte é que a boca fala aquilo do que está cheio o coração. Esse aceno com os olhos é um laço, e aqueles que estendem essa armadilha caem nela, como presas indefesas. O resultado é o desgosto, a decepção e o sofrimento. O olhar lascivo é resultado de um coração impuro, de um desejo proibido, de uma paixão carnal. Aqueles que vivem assim, por onde andam, armam esquemas de morte. Seus olhos, como laços do inferno, navegam insaciáveis, buscando uma presa; e quando a encontram, capturam-na e destroem-na. Assim, muitos jovens arruínam sua vida entregando-se à dissolução. Desta forma, muitos cônjuges traem seu consorte, cometendo adultério. Seguindo essa mesma trilha, a comunicação midiática espalha redes gigantescas, que atraem multidões para a escravidão da impureza, detonando com a família e arruinando os valores que deveriam governar a sociedade.
O pecado não compensa. É uma fraude medonha. Promete mundos e fundos, prazeres e aventuras, delícias e mais delícias, mas nesse pacote tão atraente vem a dor, as lágrimas e a morte. Muitos casamentos foram desfeitos a partir de um aceno com os olhos. Muitas vidas foram arruinadas emocionalmente porque corresponderam a esse aceno com os olhos. O patriarca Jó disse: “Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela?” (Jó 30.1). Entrar por esse caminho escorregadio é cair no pecado da defraudação e defraudar alguém é despertar na outra pessoa o que não se pode satisfazer licitamente. O segredo da felicidade não é a mente impura, os olhos maliciosos e os lábios insensatos. A felicidade é irmã gêmea da santidade. A bem-aventurança não está nos banquetes do pecado, mas na presença de Deus. É na presença de Deus que há alegria perene e delícias perpetuamente. Cuidado com os seus olhos. Ponha guarda na porta dos seus lábios!
Rev. Hernandes Dias Lopes