A BÍBLIA, A BIGORNA DE DEUS

Um dos pilares do Cristianismo é que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, inerrante, infalível e suficiente. Isso é cláusula pétrea. Não está aberto à discussão. Obviamente, isso não significa que ao longo dos séculos, essa verdade magna não tenha sido alvo de acirrados debates e acintosos ataques. Porém, a Bíblia tem sido a bigorna de Deus a quebrar todos os martelos dos críticos. Falsos eruditos e teologastros cheios de empáfia têm se levantado para atacar a Bíblia, questionando sua autoridade, pondo em dúvida sua inspiração ou negando sua infalibilidade e suficiência. Porém, por mais barulho que esses emissários da apostasia possam fazer, suas tresloucadas ideias caem no ralo do tempo, cobrem-se de poeira e a Bíblia impávida prossegue sua marcha vitoriosa. O Senhor Jesus foi enfático, dizendo que passará o céu e a terra, mas a Palavra não vai passar. A Escritura não pode falhar. Ela é eterna. Jamais fica obsoleta ou ultrapassada. Não precisa de revisão nem de atualização. Os tempos não a julgam, mas são julgados por ela. Os homens não têm autoridade para mudá-la nem a igreja pode adequá-la ao seu tempo para camuflar a verdade ou acoitar os pecadores não arrependidos. Três fatos devem ser destacados no trato dessa matéria.

Em primeiro lugar, a Bíblia não carece de atualização. A Bíblia não é palavra de homem, mas a Palavra de
Deus. Seu conteúdo não tem erro. Sua mensagem não tem engano. Suas profecias são infalíveis. A Palavra de Deus nunca fica velha, pois é eterna. Embora a revelação foi progressiva, hoje a Bíblia tem uma capa ulterior. Nada pode ser acrescentado a ela nem dela nada pode ser retirado. Sua mensagem não é apenas um corolário de preceitos morais para uma determinada cultura. Ela não se curva aos costumes de um povo nem às tendências de um tempo. Ela julga todas as culturas, normatiza todos os princípios e confronta todos os pecados. Ninguém escapa ao seu escrutínio. Sua mensagem é viva e atual. É poderosa e oportuna. É imperativa e inegociável.

Em segundo lugar, a Bíblia não carece de chancela humana para ser suficiente. Enganam-se aqueles que dizem que a Bíblia não é suficiente. Laboram em erro aqueles que dizem que seus textos precisam ser resignificados para falar às novas gerações. A Palavra de Deus não é um texto morto. A Escritura não pode ser interpretada de forma inclusiva para acolher pecadores impenitentes. A Palavra de Deus não pode aprovar os pecados de gênero ou quaisquer outros pecados que ela condena só para agradar os interesses daqueles que, por não se sujeitarem à verdade, querem permanecer nos seus pecados. A Bíblia é suficiente para tratar de doutrina e ética, de credo e conduta, de fé e prática. Não são os homens nem os concílios eclesiásticos que podem dar à Palavra de Deus a chancela de suficiência. Ela é suficiente em si mesma. Ela tem vida em si mesma. Ela é inspirada, inerrante, infalível e suficiente.

Em terceiro lugar, a Bíblia não está sujeita à cultura, ela julga todas as culturas. A Bíblia não é um livro temporal. Não é nova nem velha. Ela é eterna. Ela jamais fica desatualizada. Sua mensagem não pode ser relativizada para atender as tendências antropológicas e sociológicas do momento. O mundo está em constante mudança. A sociedade corrompe-se a passos galopantes. A inversão de valores é notória em todos os setores da sociedade. O que era errado ontem é aplaudido hoje. Porém, a Bíblia não se curva à essa realidade. Ela continua sendo luz na escuridão. Ela continua sendo nossa única regra de fé e prática. Ela não é julgada pela cultura, mas julga a todas as culturas. Não é o papa nem a igreja que valida essa ou aquela doutrina ou comportamento. Não é o pastor nem qualquer concílio que pode reinterpretar a Bíblia para aprovar o que a Escritura condena. Não é a igreja que está acima da Escritura, mas é a Escritura que orienta a igreja.
O ruído contra a suficiência das Escrituras pode vir da literatura, da imprensa, dos parlamentos, das cortes, da mídia, dos púlpitos, mas a Palavra de Deus continuará imperturbável. Nem um i ou um til passará. Ela continuará sendo a bigorna de Deus que quebrará todos os martelos dos críticos.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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