“ALEGREI-ME QUANDO ME DISSERAM: VAMOS A CASA DO SENHOR”

O autor do Salmo 122 (tradicionalmente atribuído a Davi) inicia o texto declarando sua satisfação e pleno contentamento  com o convite recebido e prontamente aceito de subir a Jerusalém e participar das celebrações em louvor e adoração a Deus. Participar do culto público é realmente um imenso e imerecido privilégio que devemos valorizar ao máximo, sendo cada  oportunidade singular. O Salmo 84 descreve os tabernáculos de Deus como amáveis, encontrando-se a alma do adorador envolta num  desejo tão intenso de cultuar ao seu Criador que seu estado é descrito como prestes a desfalecer. O salmista classifica como “bem aventurados” os que habitam na casa do Senhor, afirma que “um dia” nos átrios de Deus, “vale mais que mil” em qualquer outro lugar  e que prefere estar à porta da casa do seu Deus, “a permanecer nas tendas da perversidade”. 

O Salmo 42 retrata a angústia do adorador em decorrência do exílio que lhe fora imposto, estando, assim, longe do templo e  privado do culto a Deus. Seu estado é comparado ao de um animal sedento prestes a perecer – “Como suspira a corça pelas correntes  das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. Aminha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.” Não poder participar do culto  público que ao Senhor é devido certamente se constitui em uma das maiores privações que o cristão pode sofrer. 

Apesar do ensino bíblico quanto à participação no culto ao Senhor como dádiva graciosa de Deus e, portanto, digna da mais  alta estima e consideração, com tristeza constatamos que o comportamento de alguns irmãos durante os momentos de celebração  denota desprezo, descaso, indiferença e desrespeito para com o serviço divino. Não é incomum observarmos conversas paralelas,  risadas e a realização de brincadeiras por pessoas adultas no transcurso dos atos de adoração ao Senhor. “Guarda o teu pé, quando  entrares na Casa de Deus” é a solene advertência do escritor bíblico (Ec 5.1a), pois o ato de culto deve ser realizado com reverência e  santo temor. Certamente o autor inspirado não está ensinando que a bênção de cultuar a Deus é algo triste, sombrio, enfadonho ou  melancólico. Antes devemos ser fervorosos, participativos, alegres, dinâmicos sem, contudo, nos portarmos de forma frívola,  leviana, irresponsável e desrespeitosa. Corrigindo graves distorções quanto ao culto, que comumente eram praticadas na igreja de  Corinto, o apóstolo Paulo determina que “tudo, porém, seja feito com decência e ordem”. Nosso comportamento em geral e, de forma  peculiar, durante a adoração, deve ser marcado pela decência e pela ordem. 

Alguns procedimentos devem ser adotados objetivando uma adequada e proveitosa participação no culto público que a Deus  é devido: 

  1. a) Evite chegar atrasado, pois a pontualidade reflete a importância do compromisso; 
  2. b) Em chegando (excepcionalmente) após o início do culto, seja discreto e silencioso; 
  3. c) Não entre durante a leitura da Bíblia e oração; aguarde o término e só então tome o seu lugar; 
  4. d) O celular deve permanecer desligado; os profissionais que necessitam manter o aparelho funcionando devem usar o “modo  silencioso”; 
  5. e) Não se envolva em conversas e brincadeiras durante o culto. Sua atenção deve estar voltada para o ato de adoração;  f) Não traga para o templo alimentos e líquidos (água, suco, refrigerante). Aexceção aplica-se à ingestão de medicamento por parte  de pessoas impossibilitadas ou com dificuldade de locomoção; 
  6. g) Evite deslocamento desnecessário;  
  7. h) Os pais ou responsáveis devem instruir as crianças quanto à importância da reverência durante o culto. Jogos e troca de e-mails não  são oportunos durante o momento de adoração; 
  8. i) O vestuário deve refletir a sobriedade da ocasião. Alguns trajes que, oportunos em outros lugares, são incompatíveis para o uso na  casa de Deus. 
  9. j) Em tempos de pandemia, use máscara, constantemente higienize as mãos com álcool ou sabão e mantenha o distanciamento social. Segundo nossa Constituição (CI/IPB), compete especialmente aos Diáconos dentre outras atribuições: “a manutenção da  ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino” e a “fiscalização para que haja boa ordem na casa de Deus e suas  dependências” (art. 53, alíneas “c” e “d”). Os Diáconos são oficiais dignos do nosso respeito e atenção, que com devoção se  empenham no cumprimento de suas atribuições bíblicas e constitucionais. Estejamos atentos às recomendações por eles  apresentadas, pois visam o nosso bem. Que nossa participação no culto ao Senhor seja sempre marcada pela alegria, gratidão,  reverência e plena consciência que estamos diante do Senhor de toda a terra. 

“Pois o SENHOR Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra”. 

Rev. Jailto Lima do Nascimento

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