ENCORAJAMENTO DIVINO

O apóstolo Paulo está em Corinto, cidade grega, capital da providência da Acaia. A cidade é banhada pelo mar Jônico e pelo mar Egeu. Corinto era rota comercial e centro de adoração à deusa Afrodite. Nessa cidade de comércio febril e imoralidade sem freios, o veterano apóstolo permanece dezoito meses pregando o evangelho. As dificuldades eram imensas, a oposição era ferrenha, mas o encorajamento divino foi notório. Destacamos quatro verdades preciosas que impulsionaram Paulo a pregar o evangelho de Cristo em Corinto:

Em primeiro lugar, a ordem expressa dada por Deus (At 18.9). “Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales”. A obra de Deus é feita sob oposição e perseguição. Os obstáculos, porém, não devem nos fazer recuar. Não devemos temer as ameaças dos homens nem fugir da carranca do diabo. Maior é aquele que está conosco. Os perigos não devem calar a nossa voz. Devemos falar com voz altissonante. Devemos pregar com ousadia. Devemos proclamar o evangelho, no poder do Espírito Santo, apesar do ódio do mundo, da oposição dos homens e das artimanhas do diabo.

Em segundo lugar, a garantia absoluta dada por Deus (At 18.10a). “Porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal…”. Não podemos lograr êxito na obra de Deus sem a consciência de que o comissionador é também o nosso companheiro de jornada. Ele não apenas está conosco, mas, também, nos protege das ciladas dos inimigos. Não estamos sozinhos. Jesus prometeu estar conosco todos os dias até à consumação dos séculos. Não temos recursos para desmantelar os ardis do adversário nem recursos para destruir fortalezas e anular sofismas. Porém, o Senhor que nos envia, vai conosco e nos protege no cumprimento da missão.

Em terceiro lugar, a motivação eloquente oferecida por Deus (At 18.10b). “… pois tenho muito povo nesta cidade”. A eleição divina longe de desencorajar os obreiros, é sua garantia de sucesso no trabalho. O Senhor ordena a Paulo a falar e não se calar, porque tinha muito povo na cidade de Corinto. Deus haveria de chamar esse povo pela voz do evangelho. Como ovelhas, ao ouvirem a voz do pastor, elas o seguiriam, recebendo dele a vida eterna. Oh, Deus tem os seus escolhidos e devemos ir a todo o mundo, pregando o evangelho a cada criatura, fazendo discípulos de todas as nações. A voz de Deus é poderosa e não voltará para si vazia. Deus chama e chama eficazmente. A vocação divina é eficaz: “E aos que Deus predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8.30). Que os nossos braços não se afrouxem! Que os nossos pés não se cansem! Que os nossos lábios não se calem! Que a nossa voz chegue aos rincões da terra, levando a mensagem da salvação, em Cristo Jesus!

Em quarto lugar, a decisão obediente do apóstolo Paulo (At 18.11). “E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus”. O apóstolo Paulo não desobedeceu a visão celestial. Ele atendeu, prontamente, a orientação divina e permaneceu em Corinto um ano e seis meses, pregando, ensinando, e fortalecendo a igreja de Cristo. Num território eivado de idolatria, ele plantou uma igreja para adorar o único Deus vivo e verdadeiro. Numa cidade rendida à imoralidade, ele instruiu um povo a viver em santidade. Num território mergulhado na escuridão do paganismo, ele proclamou a luz do evangelho. Que as mesmas verdades que encorajaram Paulo a pregar o evangelho em Corinto, também nos estimule a cumprir a nossa missão!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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