DIZE AOS FILHOS DE ISRAEL QUE MARCHEM

O ano que findou foi marcado por acontecimentos de grande importância tanto no cenário nacional quanto no internacional. Internamente experimentamos a pressão inflacionária e alta taxa de desemprego no primeiro semestre. Já na segunda metade do ano a polarização política foi extremamente acentuada e as fortes chuvas deixaram suas marcas em várias regiões do país. No cenário internacional instabilidade e tensões políticas em várias nações, inclusive de algumas constantes do seleto rol de “Primeiro Mundo”. Os esforços para a extinção da COVID-19 não alcançaram êxito, uma vez que os registros de infectados e de vítimas fatais continuam ocorrendo em diversos países, com atenção especial das autoridades sanitárias para as notícias provenientes da China. Os efeitos da sangrenta guerra entre russos e ucranianos são diariamente noticiados. Milhares de civis e militares perderam a vida, os refugiados ucranianos são contados aos milhões e os desdobramentos econômicos são sentidos em diversas nações.

No campo pessoal alguns enfrentaram e outros ainda enfrentam enfermidades físicas, desemprego, conflitos familiares, a dor e a saudade provenientes do falecimento de um familiar ou precioso amigo. O desequilíbrio nas f inanças e os projetos por tanto tempo acalentados, que foram interrompidos e outros que nem sequer foram iniciados, agitaram não poucas vidas. Há também aqueles que foram atingidos por incertezas, dúvidas e temores. Diante das adversidades, as reações mais comuns são a inércia, a negação da realidade, o pavor e a murmuração.

O texto de Êxodo, capitulo 14, nos mostra o povo de Deus sendo perseguido por um exército inimigo e tendo diante de si o mar. A combinação parecia fatal e insolúvel, a ponto de alguns terem “jogado a toalha” (Êx 14.11-12). Contudo, o que se apresenta como sem solução para as forças humanas, é absolutamente nada para aquele que criou todas as coisas e a tudo governa com sabedoria, poder, autoridade, santidade e amor. Diante da apatia do povo de Israel, Moisés os encoraja com as seguintes palavras: “…Não tenham medo; fiquem firmes e vejam o livramento que o SENHOR lhes fará no dia de hoje, porque vocês nunca mais verão esses egípcios que hoje vocês estão vendo. O SENHOR lutará por vocês; fiquem calmos.” (Êx 14.13 – NAA).

Logo após a palavra de conforto, o líder do povo de Deus, transmitiu a solene ordem: “…Diga aos filhos de Israel que marchem.” (Êx 14.15 – NAA). Hoje iniciamos um novo ano. Algumas adversidades vivenciadas no ano findo, ainda se fazem sentir, apesar da mudança no calendário. Mesmo com poucas horas transcorridas, inúmeros desafios já foram devidamente identificados e anotados. Outros nos aguardam, embora, ainda sejam desconhecidos. Diante das lutas em andamento e das que porventura virão, não podemos desanimar, cruzar os braços e as pernas, antes, com gratidão e confiança em Deus devemos nos movimentar, prosseguir para o alvo, e desfrutar o agir de Deus em nosso favor (Êx 14.14).

Louvado seja Deus por sua proteção e provisão ao longo de todo o ano findo. Aquele que nos conduziu até aqui, será o responsável por nos conduzir ao longo do novo ano e até ao fim da nossa peregrinação terrena. (Fl 1.6). Confiados em suas promessas que não tardam e nem falham, sabemos que bondade e misericórdia nos seguirão todos os dias (Sl 23.6a).
Feliz Ano Novo!

Rev. Jailto Lima

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