GENEROSIDADE NO REINO DE DEUS

A pandemia tornou nosso país mais endividado e muitos de nossos concidadãos mais pobres. A classe média foi  achatada e as classes menos favorecidas amargam uma dura realidade de escassez. O desemprego é crescente. A renda  ficou desidratada, enquanto as necessidades se multiplicam. Nessa conjuntura, o exercício da misericórdia é imperativo e  a importância da generosidade é urgente. Destacamos, aqui algumas lições importantes: 

  1. No reino de Deus dar é ganhar (Pv 11.24a). “A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais…”.  Se você tem um valor e subtrai desse valor alguma parte, logicamente você fica com uma quantidade menor. Porém,  quando você dá liberalmente ao necessitado, em vez de ficar com menos, seu montante torna-se ainda maior. Na verdade,  quando você dá pão ao que tem fome, Deus multiplica a sua sementeira. O texto bíblico é categórico: “A alma generosa  prosperará…” (Pv 11.25). No reino de Deus você ganha o que dá e perde o que retém. Esse princípio deve ser aplicado na  prática da generosidade. Precisamos traduzir nossa fé em práticas de amor. Precisamos converter nosso discurso em ação.  A Bíblia diz: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante  fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer  dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o  proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tg 2.14-17). Ainda a Escritura diz: “Ora,  aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode  permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” (1Jo  3.17,18). O amor é altruísta. É centrado no outro e não no eu. 
  2. No reino de Deus reter é perder (Pv 11.24b). “… ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda”. Se  dar liberalmente não é sinal de subtração, mas de adição e multiplicação, reter mais do que é justo é sinal evidente de  subtração. Quem retém com usura o que deve repartir com generosidade, não tem lucro, mas perda. É sábio o conselho de  Jim Elliot: “Não é tolo aquele que dá o que não pode reter, para ganhar o que não pode perder”. A Palavra de Deus nos diz:  “Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20.35). Se receber é uma grande alegria, dar é uma alegria ainda maior.  Quando os filhos Deus praticam boas obras, abrindo ao pobre seu coração e suas mãos, isso traz camaradagem cristã na  terra e glorificação a Deus no céu.  
  3. No reino de Deus quem pratica o bem ao próximo faz bem a si mesmo (Pv 11.17). “O homem bondoso faz bem  a si mesmo, mas o cruel a si mesmo se fere”. O único homem chamado de bom na Bíblia é Barnabé. Ele deu parte de seus  bens para acudir os necessitados em Jerusalém. Ele investiu na vida de Paulo em Jerusalém e Antioquia e na vida de João  Marcos, em Chipre. Quando fazemos o bem ao próximo, estamos fazendo o bem a nós mesmos. O bem que praticamos,  retorna outra vez para nós. A Bíblia diz: “certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do  Senhor…” (Ef 6.8).  
  4. No reino de Deus quem dá ao pobre empresta a Deus (Pv 19.17). “Quem se compadece do pobre, ao SENHOR  empresta, e este lhe paga o seu benefício”. Compadecer do pobre é acudi-lo em suas necessidades. É dar pão ao que tem  fome. Esse ato de generosidade ao pobre na terra é como emprestar esses valores a Deus no céu. Deus não fica em débito  com ninguém. O generoso recebe em troca, da parte do próprio Deus, alegria, livramento, proteção, conforto e saúde (Sl  41.1-3). Você tem sido generoso? A quem você tem ajudado nesse tempo de pandemia? É hora de agir! Abra o coração, o  bolso e as mãos aos necessitados. 

Rev. Hernandes Dias Lopes 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *