A imensa responsabilidade dos pais

A paternidade é uma das missões mais nobres e mais árduas do mundo. A maioria dos pais, sobretudo, aqueles que são padrão de honradez para os filhos, vivem longe dos holofotes, sem os aplausos da sociedade. Há muitos homens que são verdadeiros heróis fora dos portões, mas colhem derrotas fragorosas dentro do lar. Alcançam o apogeu da glória na vida profissional e financeira, mas perdem os filhos dentro de casa. Amealham riquezas, ajuntam tesouros e constroem verdadeiros impérios econômicos, mas arrebentam com a vida emocional dos filhos. O sucesso mais cobiçado tem gosto amargo, quando o seu preço é o fracasso da família. Não podemos construir nossas vitórias sobre os escombros da nossa própria casa.

Ser pai é mais do que gerar. É dar exemplo. É ser espelho. É ensinar com amor, confrontar com doçura, disciplinar com equilíbrio e temperar encorajamento com disciplina. Ser pai é não substituir presença por presentes nem responsabilidade por privilégios. Há pais que tentam compensar a ausência do lar com concessões exagerados aos filhos. Há aqueles que, em nome do amor aos filhos, deixam de corrigi-los e discipliná-los no tempo certo e com a dosagem certa. Não poucos pais, em nome da liberdade, não colocam limites para os filhos, empurrando-os, assim, para uma licenciosidade perigosa. Há aqueles que superprotegem os filhos, deixando-os despreparados para os embates da vida. No outro extremo, há pais que esmagam os filhos, jamais tecendo-lhes um elogio e nunca expressando a eles o seu afeto.

A Bíblia fala de grandes homens que fracassaram como pais. Dentre eles podemos citar os sacerdotes Eli e Samuel e os rei Davi e Ezequias. Não basta ao homem andar com Deus, precisa, também, colocar sua casa em ordem. Não basta apenas dar aos filhos a melhor formação acadêmica e a mais abundante provisão. Os pais precisam, sobretudo, forjar nos filhos um caráter íntegro, inspirando-os pelo seu testemunho, a conhecerem a Deus e a viverem em novidade de vida. Os pais não podem provocar os filhos à ira nem tratá-los com amargura. Não podem, com seu rigor desmesurado nem com sua liberalidade excessiva, deixá-los desanimados. Ao contrário, os pais devem criar os filhos na admoestação e disciplina do Senhor.

Os filhos são herança de Deus, o maior tesouro que os pais têm. Eles merecem o melhor investimento e os mais redobrados esforços. Os filhos são como rebentos de oliveira ao redor da mesa. Trazem beleza e vida para a família. Os filhos são como flechas nas mãos do guerreiro. Precisam ser carregados pelos pais e depois lançados por eles, para alvos seguros e certos. Os filhos devem ser cuidados pelos pais e depois devem cuidar dos pais. Os pais que semeiam nos filhos, colhem deles, mais tarde, cuidado e proteção.

A paternidade responsável é a maior contribuição que um homem pode dar à sociedade. Uma família edificada sobre Deus, a Rocha dos séculos, é o mais firme pilar de uma sociedade justa e ordeira. O mundo é um reflexo da família. Atacar a família é solapar os alicerces da sociedade e colapsá-la. Investir na família, por outro lado, é pavimentar o caminho para o crescimento de uma grande nação. Uma nação jamais será maior do que a somatória das famílias que a compõem. Uma igreja jamais será mais piedosa do que as famílias que a formam. Uma sociedade jamais será mais justa do que as famílias que a integram.

Que os homens, como pais, se levantem e ponham as mãos à obra, cumprindo o seu dever e assumindo sua imensa responsabilidade. É tempo de edificar a família e construir uma grande a nação!

Rev. Hernandes Dias Lopes

 

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