Covid-19: prevenção e fé

Praticamente todas as nações do mundo já foram atingidas pela pandemia do COVID-19. Mais de cinquenta por cento de todos os estudantes do mundo tiveram suas aulas suspensas. A pandemia trouxe não apenas um grave problema de saúde pública, mas também, uma forte recessão econômica. Governantes e governados, empresários e empregados, profissionais liberais e trabalhadores informais, estudantes e aposentados estão sofrendo os esbarros dessa crise global. O que fazer neste momento de perplexidade?

1. Nessa pandemia precisamos de prevenção e cautela. A Palavra de Deus nos ensina prevenção, quando se trata de doenças contagiosas. O livro de Levítico é um manual de medicina preventiva. Aliás, o mais avançado de seu tempo. A nossa fé não nos imuniza. Precisamos atender aos apelos das autoridades médicas e nos precavermos. Trata-se de uma pandemia e não se pode subestimar o alto grau de contágio do COVID-19 e suas graves consequências para a saúde pública. Por outro lado, precisamos de cautela, pois vivemos o drama do esgotamento de recursos financeiros para o sustento das famílias. Muitos alertam para o risco do chamado lockdown, a paralização total, uma vez que isso pode colocar em colapso a realidade social do povo, especialmente dos menos favorecidos financeiramente, que não têm reservas financeiras suficientes para colocar o pão diário sobre a sua mesa.

2. Precisamos compreender que esta pandemia não pegou Deus de surpresa nem o deixou em apuros. Os homens podem ter sido surpreendidos, Deus não. Os homens podem ficar perplexos, Deus não. Os homens podem não saber o que fazer, porém, Deus sabe. Ele é soberano. As rédeas da história estão em suas mãos. Tudo o que ele faz ou permite tem um propósito. Esta pandemia revela-nos que o poder econômico, científico e bélico das poderosas nações é insuficiente para resolver os dramas da humanidade. O homem é vulnerável e impotente. Aprendemos, outrossim, que ricos e pobres, doutores e iletrados, governantes e governados estão sob os mesmos riscos. Nenhum palácio pode proteger os poderosos. Mas, ainda podemos aprender dessa comoção mundial que as nações podem se unir e tornarem-se mais solidárias. Estamos todos dentro do mesmo barco, navegando por mares revoltos. Sabemos, com inabalável convicção, que o mesmo Jesus que morreu e ressuscitou está com o livro da história em suas mãos e ele é o nosso timoneiro. Ele mesmo conduzirá a história à sua consumação.

3. Precisamos compreender que nos tempos de crise, a igreja de Cristo pode experimentar um grande reavivamento. Quando compulsamos as páginas da história aprendemos que nos tempos de crise, epidemias, guerras, catástrofes e recessão econômica, a igreja humilhou-se sob a poderosa mão de Deus e o Espírito Santo soprou sobre ela, nesses tempos, um alento de vida, erguendo-a do abatimento para grandes reavivamentos. Oh, que a igreja cristã se coloque na brecha para se humilhar diante de Deus, orar e buscar a sua face, arrependendo-se de seus pecados, para que Deus venha, perdoe os nossos pecados e sare a nossa terra. É tempo da igreja, também, espalhar, sem moderação, a semente da esperança, as boas novas do evangelho, a mensagem da salvação em Cristo. Chegou a hora da igreja, de igual forma, demonstrar amor ao próximo, servindo-o com presteza e abnegação, dando pão a quem tem fome, assistindo desta forma os necessitados. Minha convicção é que quando esta crise passar, sairemos dela mais quebrantados, mais humanizados, mais solidários e mais pertos de Deus e uns dos outros. Que Deus nos abençoe!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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