Jesus, A razão de nossa esperança
Neste período do calendário litúrgico cristão (Páscoa), muitos se emocionam com os documentários, reportagens especiais, filmes, encenações, canções e celebrações alusivas à vida e obra de Jesus de Nazaré, em especial seu sofrimento e dolorosa morte.
Influenciados por uma religiosidade sincretista totalmente desvinculada dos ensinos bíblicos, baseada em princípios defendidos pelo movimento denominado “politicamente correto”, boa parte da população de nosso país acredita que Jesus foi primordialmente um importante líder pacifista que defendia os oprimidos e marginalizados, pregava o amor e o respeito para com todos. Não poucos afirmam ter fé em Jesus, lhe atribuindo qualidades especiais e uma espiritualidade extremamente desenvolvida, e estão dispostos a praticar seus ensinos para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e fraterna, onde todos possam viver felizes.
O tema do editorial de hoje é o mesmo adotado para o mês em curso, que reflete o ensino das Escrituras e não deve ser acolhido sem que suas implicações sejam analisadas e integralmente aceitas.
Para nós, cristãos presbiterianos, comprometidos integralmente com a Bíblia como inerrante, suficiente e autoritativa Palavra de Deus, Jesus não é simplesmente um grande líder e excepcional exemplo a ser imitado. Cremos na singularidade de sua pessoa e obra. Cremos que seu sacrifício na cruz não se constituiu meramente em um exemplo de altruísmo em favor do próximo, e sim, num perfeito e cabal sacrifício a Deus para salvar aqueles que foram eleitos na eternidade pelo Pai. Cremos em Sua ressurreição física de entre os mortos e que também nós ressuscitaremos para a glória de Deus Pai.
Podemos afirmar categoricamente que Jesus é a razão da nossa esperança:
1. Porque Ele é Deus – Sem a natureza divina, Jesus seria mero homem, e o homem não pode se constituir em nossa Esperança. O apóstolo João afirmou: “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1.1). Também o apóstolo Paulo ensinou a plena divindade de Cristo, ao afirmar: “Porquanto, nele habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” (Cl 2.9). E ainda, o autor aos Hebreus afirma que: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.” (Hb 1.1-4).
2. Porque Seu sacrifício foi perfeito – Ao morrer na cruz, Jesus não realizou uma tentativa ou estabeleceu uma possibilidade para mudar a triste condição dos que foram escolhidos por Deus na eternidade. O apóstolo Paulo declarou taxativamente o êxito da morte expiatória de Jesus, ao afirmar:
“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” (Tt 2.11-14)
3. Porque Ele é a Ressurreição e a Vida – Muitos buscam a Jesus objetivando a solução de seus problemas imediatos. Querem saúde, emprego, prosperidade, paz e múltiplas alegrias, tudo aqui e agora.
Os que esperam em Cristo só nesta vida, são os mais infelizes (1 Co 15.19). Nós sabemos que a nossa esperança em Cristo não se limita apenas ao presente, aguardamos a eternidade na presença de Deus porque JESUS É A RAZÃO DA NOSSA ESPERANÇA.
Rev.Jailto Lima do Nascimento