Jesus escolhe líderes para sua igreja

Jesus chamou dentre seus discípulos, doze homens para serem apóstolos. Essa escolha lança luz sobre os critérios que devemos adotar na eleição de oficiais da igreja. Vamos destacar aqui alguns pontos importantes:

1. Jesus orou ao Pai antes de escolher os líderes (Lc 6.12). Jesus passou uma noite toda orando ao Pai antes de escolher os homens que haveriam de liderar a igreja. Nós, de igual modo, precisamos orar, pedindo que Deus oriente a igreja na escolha de sua liderança. A resposta certa acerca da escolha da liderança da igreja vem de Deus. Portanto, nossa postura deve ser a de buscar do alto a orientação.

2. Jesus escolheu os líderes conforme sua soberana vontade (Mc 3.13). Jesus “chamou os que ele mesmo quis”. Jesus é o Senhor da igreja, o dono da igreja, o fundamento da igreja, o edificador da igreja e o protetor da igreja. Ele conhece os que lhe pertencem. Ele sabe o que é melhor para sua igreja. Sua vontade soberana deve ser buscada. Sua escolha soberana deve ser feita. Não há espaço para nenhuma manobra humana; não há lugar para nenhuma campanha de bastidores. A vontade soberana de Jesus é que deve prevalecer na escolha da liderança da igreja.

3. Jesus escolheu os líderes para estarem com ele (Mc 3.13,14). A maior prioridade da liderança da igreja não é fazer a obra de Deus, mas andar com o Deus da obra. O Deus da obra é mais importante do que a obra de Deus. Vida com Deus precede trabalho para Deus. Antes dos apóstolos serem enviados ao mundo, vieram para junto de Jesus. O que isso significa? Significa que comunhão com Cristo é o alicerce do trabalho para Cristo. Só podemos nos levantar diante dos homens se primeiro nos assentarmos aos pés de Cristo. Só podemos pregar com autoridade ao mundo se primeiro estivermos com Jesus. Antes de Jesus enviar os apóstolos para o front da batalha, designou-os para estarem com ele, pois somente em comunhão com ele, a liderança recebe poder para vencer a batalha.

4. Jesus designou os líderes para pregar o evangelho e libertar os cativos (Mc 3.14,15). Uma liderança que anda com Jesus tem legitimidade para pregar o evangelho e poder para libertar os cativos. A comissão ao mundo deriva-se da comunhão com Cristo. O cumprimento da comissão é decorrência da intimidade com o dono da missão. Uma liderança que anda com Jesus tem autoridade para proclamar a verdade e libertar os encarcerados. O Jesus que comissiona é o mesmo que dá poder para o êxito da obra.

5. Jesus chamou homens diferentes para compor sua equipe de liderança (Mc 3.16-19). Dificilmente nós escolheríamos as mesmas pessoas que Jesus escolheu. Eram pessoas diferentes e heterogêneas. Alguns deles como Pedro, André, Tiago e João eram pescadores incultos. Mateus era empregado de Roma, enquanto Simão, o zelote, era opositor declarado de Roma. Entre eles estavam homens inconstantes como Pedro, céticos como Tomé, contundentes como Tiago e João, chamados de “filhos do trovão”. Filipe era do tipo pragmático, enquanto Bartolomeu era preconceituoso. Tiago, filho de Alfeu e Tadeu ficaram no anonimato, embora devam ter prestado um importante trabalho no reino de Deus. Esses homens não foram chamados apenas por quem eles eram, mas em quem eles foram transformados pelo ensino e exemplo de Cristo e pelo poder do Espírito. Os líderes devem ser homens escolhidos por Deus, ensinados por Cristo e capacitados pelo Espírito, para apascentarem o rebanho de Deus e anunciarem ao mundo o poderoso evangelho da graça. Os líderes são homens vulneráveis e frágeis, mas homens fortalecidos pelo Espírito, que andam com Cristo e servem a ele com humildade e integridade de coração.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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